quarta-feira, 15 de março de 2017

Miguel Horta

Miguel Horta nasceu em Lisboa em 1959. Desde criança que teve o contacto decisivo com o mar e com todos os mentirosos imaginativos que seguiam a bordo da embarcação.  Talvez mais importante que os peixes, sejam as pessoas com as suas histórias; foi assim que se embrenhou pelo interior do país descrevendo outras vivências que podemos escutar nos seus textos ilustrados e nos contos partilhados. 
Depois, quando não havia oceano, existiam os livros com todo aquele mundo para ser lido através dos olhos dos outros. Provavelmente essa preocupação com o outro, em textura social, o tenham transformado num promotor do livro e da leitura reconhecido por todos que acolhem as suas oficinas educativas em bibliotecas ou intervindo directamente em bairros problemáticos.
É dinamizador da Biblioteca António Ramos Rosa, na Cova da Moura e conta contos pelo país.
Miguel Horta é um contador de histórias e é um pintor: cruza imaginários como quem mistura pinceladas de cor. Pragas algarvias, contos crioulos, histórias de pescadores, tudo cabe no seu saco. 
Tem trabalhado pelo país fora na promoção do livro e da leitura e em educação pela arte. A uma obra marcada pelo oceano junta-se, agora, um rio de palavras que desaguam numa cultura comum.
Embora seja essencialmente um artista plástico, desde muito cedo encarou a Animação Cultural como uma outra ferramenta para a comunicação das ideias. 
Actualmente desenvolve o projecto “A cor das histórias” em estabelecimentos prisionais (IPLBDGSP).    
Em 2006 publicou “Pinok e Baleote” (livro infanto-juvenil): “De Tamarindo, ilha imaginária de Cabo Verde, chega-nos a história de Pinok, um menino crioulo com fama de muito mentiroso. O relato de uma amizade entre homens e animais que acaba por salvar a ilha, semeando solidariedade. Em jeito de contador de histórias, Miguel Horta leva-nos através da atmosfera das ilhas, fazendo-nos sentir a cultura crioula”.
Em 2008 surgiu “Dacoli e dacolá”. (livro infanto-juvenil).“Este livro apresenta aos leitores um conjunto de sete histórias, todas elas passadas em Portugal, versando sobre temas muito diversos.
As suas problemáticas de fundo e as suas mensagens são claras, revelando-se simultaneamente como fonte de conhecimento e de fruição, estímulo à imaginação e motivo de reflexão sobre o humano a partir das suas vivências quotidianas.

Algumas das suas oficinas:

Oficina Improvável - Março


Escutando em estéreo o poema do Vento de António Torrado
Teve lugar no dia 2 de março no Centro escolar da Ventosa, na sua Biblioteca Escolar, mais uma sessão das “Oficinas improváveis” promovidas pela Biblioteca Municipal de Torres Vedras e dedicadas a crianças com necessidades educativas especiais. Ao longo do ano, têm lugar nas diferentes bibliotecas escolares, estas sessões de mediação leitora que são simultaneamente momentos formativos, com partilha efectiva de recursos e práticas úteis á biblioteca e às unidades de ensino especial. Na Ventosa, juntámos dois grupos distintos de meninos e meninas para trabalhar em torno do som; um grupo da multideficiência e outro do ensino estruturado. E lá fomos das histórias sonoras aos sussurradores passando pelas lenga-lengas. Partimos da obra de José Fanha e António Torrado para sussurrar em segredo ao ouvido e bem alto quando lançámos as palavras pelo ar: “E viva o V!”. Na ocasião, divulguei o trabalho que vem sendo desenvolvido nas Bibliotecas Escolares do Concelho Mafra em torno dos livros sensoriais. Um agradecimento especial aoCentro de Recursos Poeta José Fanha pelo empréstimo destes livros especiais. A propósito do livro da “Torneira” aqui fica mais informação sobre estas histórias multissensoriais e outros recursos: Brochura RBE

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